terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Já descobriu de onde vem sua insegurança? Da falta de informação ou da obsessão pelo perfeito?



Muitas vezes nos sentimos tão inseguros que colocar movimento à vida torna-se um grande desafio no dia a dia. Tornamo-nos sonolentos e, por vezes, tristes; encontramos justificativas criativas para deixar tudo para depois, sem perceber que esse comportamento é fruto de uma insegurança que cresce dentro de nós.

Proponho que pensemos juntos em duas possíveis razões de ser da insegurança: uma delas é a gerada pela falta de informação; a outra é a gerada por querer estar/ser sempre perfeito. Proponho essa diferenciação apenas por didática; isso não significa que existam apenas essas razões.

Apresentar um trabalho em público ou mudar de cidade são exemplos de situações que podem gerar insegurança em algumas pessoas; afinal, não se tem como adivinhar o futuro. Vocês podem dizer: “nossa Adrielly, mas isso não é obvio?”; eu respondo: “não, não é obvio”. 

Quando falta informação sobre as possibilidades que surgirão a partir de uma decisão tomada, algumas pessoas podem se paralisar diante da vida, sem compreender o que lhes passa internamente. Queremos constantemente ter o controle daquilo que não é possível controlar; o futuro é só um exemplo.


Mas há situações em que a falta de informação é facilmente superada. Vejo muitos alunos se sentirem inseguros ao apresentar um trabalho para os colegas porque não possuem a informação que precisavam para tal. Gaguejam, suam frio e sofrem o famoso “branco”. Tudo isso acontece porque não sabem ao certo sobre o que estão falando, ou seja, não estudaram o suficiente. 

Outro aspecto importante é que “estudar o suficiente” é relativo; depende da percepção de cada pessoa. Muitos, apesar de terem lido livros e mais livros, ainda não percebem que a informação que detém, naquele momento, é preciosa para seus colegas e que, de certa forma, é possível falar com autoridade sobre o assunto. 

Daí vem a segunda razão da insegurança existir: queremos condições ideais para que tudo aconteça até podermos mudar o curso da vida.

O problema é que as situações ideais, na maioria das vezes, nunca chegam.

Para lidar com a insegurança que necessariamente aparecerá ao ser adulto, teremos que nos dar permissão para errar, além de munir-nos das informações necessárias para dar o próximo passo. Sem esses enfrentamentos, fica fácil paralisar. A obsessão pelo perfeito estagna a caminhada.

(Siebert, 2015)

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