Final de ano
chegou e podemos nos assustar com o quão corrido foram os 364 dias atrás.
Culturalmente,
dezembro tem representado o mês da retrospectiva, mês de fechar o balanço anual
das condições financeiras, da qualidade dos relacionamentos amorosos, da
intensidade da fé, dos quilos na balança e do quão feliz somos,
verdadeiramente, após mais um ano.
Costumo
perguntar às pessoas que conheço quais são seus planos para o futuro. É comum
eu ouvir: comprar uma casa, comprar um carro, casar, ter filhos, começar uma
faculdade...
E logo em
seguida eu questiono: você quer comprar uma casa, por quê?
“Para não
pagar aluguel”.
E por que não pagar aluguel?
“Para sobrar
mais dinheiro no final do mês”.
E por que
você precisa que sobre mais dinheiro no final do mês?
“Para eu
fazer as coisas que eu gosto”.
E do que
você gosta?
“Ficar perto
dos meus amigos, da minha família”
É isso que
te faz feliz?
“Sim”.
É pensando
em respostas muito semelhantes a essa que eu quero diferenciar felicidade de
alegria.
Somos
levados a acreditar que as nossas necessidades (especialmente às materiais)
devem ser atendidas de forma imediata. Nós estamos sendo criados, pela maneira
como a nossa economia e a nossa política se organiza, a acreditar sempre
precisamos de mais. Muitos teóricos da psicologia, da filosofia e da sociologia
já abordaram esse tema, isso não é uma novidade, o ser humano é movido pela
busca da satisfação de seus desejos. Mas
a intensidade e a urgência que isso acontece pode nos fazer desperdiçar o aqui
e agora, com aquilo que nos faz feliz.
Trocamos de
relógio, compramos roupas novas, queremos viajar e conhecer pessoas novas para
ser feliz. Vivemos em busca da felicidade. Mas às vezes confundimos felicidade
com alegria. Trocar de relógio e de carro muitas vezes me deixa alegre, mas não
me faz feliz plenamente, porque passa muito rápido. A necessidade de ter um modelo novo de celular
é urgente, porque estão sendo oferecidas novas possibilidades o tempo todo.
Será que
sabemos responder a pergunta: o que me faz feliz?
É o que eu
convido a todos a pensar neste encerramento de ano. O que me fez feliz ao longo
de todo esse tempo? Será que até mesmo os momentos de tristeza que eu vivi me dá
a oportunidade de ser feliz hoje? O que me faz sentir alegria e o que me faz
feliz?
2014 foi
fechado para balanço e 2015 está se abrindo para a oportunidade de ser
planejado e vivido com amor, com vida.
Você vai deixar pra ser feliz em 2015?
Você vai deixar pra ser feliz em 2015?